sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TEXTOS EM DIFERENTES GÊNEROS

    
      Os textos abaixo resultaram de um processo de formação que propõe atividades com objetivos bem determinados, pois há diferenças entre os gêneros, sobretudo, em função das condições em que os textos são produzidos. Essa variação vai ocorrer, principalmente, em função: da configuração das esferas em que os gêneros circulam; da finalidade de cada gênero; da imagem que cada autor tem de seu interlocutor; do veículo em que estes textos serão publicados.
Enfim, todo texto falado ou escrito pertence a um determinado gênero do discurso. Pode-se afirmar que todo gênero é constituído por três elementos: conteúdo temático, forma composicional e estilo. Todo gênero do discurso está sempre relacionado a uma esfera de atividade humana que, por sua vez, insere-se em um contexto sócio-histórico e econômico. Do ponto de vista de sua constituição, pode-se afirmar que todo gênero é constituído por três elementos: conteúdo temático, forma composicional e estilo.
Em nossa vida cotidiana, realizamos diversos tipos de atividades e desempenhamos vários papéis: de pai ou de mãe, de professor ou de aluno, de produtor ou de consumidor, de eleitor, de espectador/leitor de jornal, de réu ou de acusador, etc.
Cada um desses papéis está intimamente relacionado com as diferentes esferas de atividades humanas: familiar, acadêmico-científica, escolar, política, jornalística, jurídica, literária etc. Em cada uma dessas esferas há diversos atores representando diferentes interesses em jogo e, também, diferentes gêneros do discurso em circulação, por meio dos quais essas atividades se desenvolvem e as relações se constituem.

Interrogatório (Katia Viviane Marcorin)
Delegado: O que aconteceu hoje de manhã?
Pessoa: Eu me levantei e quando estava escovando os dentes ouvi a campainha tocar.
Delegado: Você estava esperando alguém?
Pessoa: Não eu tinha acabado de acordar.
Delegado: O que você fez então?
Pessoa: Fui em direção à porta e quando abri não avistei ninguém ao redor, porém havia um corpo estendido na soleira de minha porta.
Delegado: Você solicitou socorro para esse indivíduo?
Pessoa: Coloquei a mão em seu corpo e notei que estava frio, em seguida, corri, peguei  o telefone e liguei para a central de polícia.
Delegado: Você tem alguma suspeita?
Pessoa: Não delegado, eu  nunca tinha visto este homem em toda minha vida. Quando eu percebi que tinha um cadáver em minha porta fiquei desesperada. Mas não tenho nada a ver com esse crime.
Delegado: Você terá que ter testemunhas de que é uma pessoa que não apresenta nenhuma ligação com esse cadáver. Tem direito à um advogado e será convocado a prestar depoimentos futuros para maiores esclarecimentos desse ocorrido.
Pessoa: Tudo bem delegado, eu tenho testemunhas que estarão a meu favor .

Interrogatório (Carmem Luzia Pereira da Silva)
― Como o senhor se chama?
― Porfírio Dias
―  A quanto tempo mora naquela casa?
― Há cinco anos.
― Qual é sua profissão?
― Sou funcionário público.
― Solteiro ou casado?
― Solteiro.
― Mora com mais alguém?
― Não senhor.  Moro sozinho.
― Antes de ter encontrado aquele cadáver em sua porta, descreva-me o que havia feito até este momento. Ou melhor, conte-me o que fez na noite anterior desde o momento que chegou em casa.
― Bem... sai do meu trabalho as 18hs e fui direto pra casa. Cheguei em casa por volta das 19h30min. Enquanto me preparava para tomar banho liguei a televisão, fui até a cozinha ver o que poderia fazer para o jantar e entrei em seguida no banheiro. Logo após tomar banho preparei o jantar, fiquei um pouco na internet e fui dormir mais ou menos 00 hs.
― Esperava a visita de alguém?
―Não, não esperava ninguém.
― Por favor, prossiga seu relato.
― Como dizia... Na manhã de hoje meu despertador tocou às 6:00 hs, então me levantei, fui para o banheiro, escovei os dentes, ajeitei meu cabelo e nesse momento soou a campainha. Enxuguei meu rosto às pressas e meio assustado pelo horário, caminhei em direção a porta. Destranquei a fechadura e abri a porta.
― E então o que o senhor encontrou ao abrir a porta?
― Ao abrir a porta, me deparei com uma pessoa caída ao chão, olhei ao redor na tentativa de ver alguém, mas foi em vão. Não havia ninguém por perto.
― O que o senhor fez com essa pessoa?
― Eu coloquei a mão em seu pescoço para verificar os batimentos cardíacos, e não tinha sinal vital, me abaixei perto de seu nariz para confirmar se realmente estava morta e também não senti sua respiração.
― Diante desses fatos que providencias foram tomadas pelo senhor?
― Mesmo estando muito nervoso eu corri em direção ao telefone e liguei para 190 dizendo que havia uma pessoa caída na soleira de minha porta e parecia um cadáver. Depois de alguns minutos a polícia chegou e tomou conta do caso. E por fim agora estou aqui contando tudo o que aconteceu.
― Agradecemos sua colaboração e pode ser que o senhor venha a ser chamado outras vezes para maiores esclarecimentos, já que é uma testemunha importante nesse caso.  Obrigado e está dispensado.

Interrogatório (Ana Maria Benini)
O cadáver
Numa manhã, quando acordei olhei para o relógio e vi que estava atrasada,fui rápido para o banheiro como de costume fiz minha higiene pessoal. Quando estava quase de saída o interfone tocou, era a minha carona para o serviço. E parece que levantei com o pé esquerdo já atrasada quando sai para ir ao trabalho me deparo com um homem caído na porta da minha casa, num primeiro momento achei que ele estava passando mal, mas quando tentei chamá-lo, foi uma grande surpresa seu corpo estava friu e rigído, me espantei e dei um grito de medo.
- Ele está morto, meu Deus socorro o que eu faço. Minha amiga veio correndo ver o que tinha acontecidoe se deparou com um cadáver bem na sua frente.
Como ela era mais calma imediatamente chamou a policia, já que era claro que o homem estava morto. Em pouco tempo o delegado e os investigadores chegaram, obervaram toda a cena, tiraram fotos, recolheram provas e por fim quando eu já estava mais calma foi a minha vez, o delegado me convocou para um interrogatório informal, bem ali mesmo em casa.
Delegado: Qual seu nome?
Testemunha: Helena Dias
Delegado: Quanto tempo mora aqui neste endereço?
Testemunha: A dois anos.
Delegado: Você percebeu algo de estranho, por esse dias?
Testemunha: Não senhor, aqui é bem calmo e nunca tivemos nem assalto.
Delegado: Hum estranho e quanto ao corpo você conhecia, tem ideia de quem seja?
Testemunha: Não nunca vi esse homem por aqui.
Delegado: Ainda continuo achando muito estranho essa morte por isso eu aconcelho a senhora não se ausentar até que as investigações terminem.
Testemunha: Sim senhor, estarei disponível para qualquer esclarecimento.
Delegado: Tenha um bom dia.
Testemunha: Para o senhor também e pensou como se isso fosse possível.


    Interrogatório (Thiago Thomaz Garcia)
    Culpado ou inocente?
   O crime pode parecer xulo ou de motivo banal, porém todo crime deve ser investigado! - defende João.
João é o delegado da cidadezinha Diamante, localizada no interiorzão de Minas Gerais. Era conhecido e chamado por todos de João do camburão e apressava-se para iniciar mais um interrogatório. O crime se tratava de um roubo, o suspeito o palhaço ligeiro do circo que a pouco chegou à cidade e a vítima o pipoqueiro Zé.
Delegado João: Então me diga rapaz, qual foi a primeira coisa que você fez no dia do ocorrido?
Palhaço Ligeiro: Ora, abri os olhos!
Delegado João: Levanta-se e olhe bem pra mim. Tô com cara de quem está aqui pra se divertir? Responda com seriedade. Percebe o que é um cadáver?
Palhaço Ligeiro: Constata que não há ninguém mais no corredor, abaixa-se e pede desculpas.
Delegado João: Você foi a última pessoa que esteve com o pipoqueiro Zé?
Palhaço Ligeiro: Eu e o Zé dividimos o mesmo trailer em nossas viagens com o circo. Na noite anterior estava tudo bem. Após o espetáculo, eu estava me preparando para dormir. Fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei meu rosto e foi aí que ouvi um barulho estranho na porta. O Zé estava caído na soleira. Parece ter morrido de susto. Corri para o telefone e disquei para a central de polícia. Em nada mais posso ajudar, juro que sou inocente.
            O delegado João terá muito trabalho em seu primeiro caso de assassinato

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